Você sabe o  que é OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA???????

OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA é o nome dado a vida curta de um bem ou produto projetado de forma que sua durabilidade ou funcionamento se dê apenas por um período reduzido. A obsolescência programada faz parte de um fenômeno industrial e mercadológico surgido nos países capitalistas nas décadas de 1930 e 1940 conhecido como Descartalização. Causando grandes danos ao meio ambiente e prejuízos aos consumidores em geral. Faz parte de uma estratégia de mercado que visa garantir um consumo constante através da insatisfação, de forma que os produtos que satisfazem as necessidades daqueles que os compram parem de funcionar tendo que ser obrigatoriamente substituídos de tempos em tempos por mais modernos.

A OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA começou primeiramente com as lâmpadas, que antes duravam décadas trabalhando ininterruptamente (como a lâmpada que está acesa há mais de cem anos num posto dos bombeiros dos EUA) mas, depois de uma reunião com o cartel dos fabricantes, passaram a fazê-las para durar apenas 1.000 horas. Essa prática tem gerado montanhas de resíduos, transformando algumas cidades de países de terceiro mundo em verdadeiros depósitos, sem falar na matéria prima, energia e tempo humano desperdiçados.

Nesse norte a OBSOLESCÊNCIA PROGRAMADA é apenas mais um mecanismo criado pelo capitalismo para sua própria sustentação. Mas ate que ponto teremos que retirar recurso da natureza para que se posa produzir mais bens materiais pouco duráveis?

Ate que ponto esses produtos terão sua durabilidade reduzida? Será que apenas um pequeno período após a garantia, já que a mesma é apenas um meio propagandistido de dar segurança a um produto de péssima qualidade e durabilidade? Sim, porque pela “lógica comum” se o produto dura pouco é porque ele é feito de materiais de péssima qualidade, logo,  mais um subsidio para maximização dos lucros dessas empresas.

Estar na hora de pensar se nosso sistema político tem auto-suficiência em cima do nosso sistema financeiro chamado capitalismo selvagem.

Por:  Glauco Menezes

Fontes:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Obsolesc%C3%AAncia_programada

http://docverdade.blogspot.com/2011/02/comprar-jogar-fora-comprar-comprar.html

documentários:

Zeitgeist Moving Forward. Direção: Perter Joseph,162 min. EUA.2011.

Capitalism A Love Story. Direção: Michael Moore, 127 min.EUA.2009.

O orientalismo de Said, e a America Latina?

"O oriente é criado pelo Ocidente e instituido comumente com caracteristica do "outro" do Ocidente, portador de traços desqualificados, degradados: crueldade, decadência, ingnorância, traição, brutalidade" E a America Latina? Será que difere em algo da visão europeia em relação ao Oriente?

É só lembrarmos de alguns cronistas, como por exemplo, Hans Staden e sua visão "EXOTICA" do Brasil como reflexo do narcisismo europeu. E os outros povos da America Latina? Os Mexicas, Teothitlanos entre outros?

Enfim, a sociedade deveria conhecer, além de orientalismo, um "america-latinismo"!!

Por: Glauco Menezes

Gregório Bezerra

Gregório Bezerra nasceu no sertão. Criancinha, viveu a fome e a prepotência dos latifundiários. Foi quase um escravo. Brinquedo de menino era enxada e foice, sonho de um dia comer carne-seca. Nunca viu escola. Só aprendeu a ler e escrever com 24 anos, quando servia o Exército - e nunca mais deixaria o orgulho de ter sido militar. Pouca instrução, mas o conhecimento da vida e a argúcia do homem do povo. Um dia, entrou em contato com aquela gente estranha. Falavam coisas que ele nunca tinha ouvido mas que, extraordinariamente, parecia já saber. Alguns eram até doutores, mas o tratavam como igual. Muitos dos estranhos eram como Gregório, como Severino, como José, como tantos outros: mãos de calo, cara rasgada de sol, trabalho e sofrimento. Ele era o homem do povo que descobre sua força e, finalmente, se levanta. Em vez de lamentar suas misérias, ergue-se para combatê-las. Sabia falar a língua dos humildes e fazer as perguntas decisivas; a quem pertence? A quem é dado? O que se deve transformar? Os homens mais poderosos de Pernambuco o temiam. Gregório Bezerra, velho quase analfabeto, ferido e enjaulado em 1964. Líder camponês, ex-deputado federal, inimigo do latifúndio. E se um dia todos aqueles homens e mulheres com as mãos grossas e rosto queimado se transformassem em milhões de Gregórios? Era preciso evitar a qualquer custo. Por isso, Gregório Bezerra tinha sido preso. Naquele momento, os grandes senhores da terra comemoravam sua vitória. O reveillon de 1964 acontecia em 31 de março.